Teresa Milheiro

Com formação artística que passa pela Escola Artística António Arroio, o IADE e o AR.CO, e uma carreira de mais de trinta anos de criação e produção artística, Teresa Milheiro torna ímpar a sua abordagem à joalharia enquanto arte contemporânea.

Cada peça de joalharia criada é ampliada, assumindo-se enquanto obra escultórica, na qual o valor intrínseco e extrínseco da variedade de matérias-primas e da mestria e inovação técnicas procede um trabalho prévio de pesquisa e investigação conceptuais. Adicionalmente, o domínio estrito da joalharia contemporânea é extrapolado através do cruzamento disciplinar desta com outras formas de arte, nomeadamente em diálogos diversos com a fotografia, a música, o teatro e a performance.

Mantém, desde o início da sua carreira, presença assídua em exposições nacionais e internacionais, individuais e colectivas, de entre as quais se destacam as duas presenças, em ’92 e em ’07, em Munique, na Schmuck, a mais importante exposição de joalharia contemporânea a nível global, em ’08 em Lisboa e no Rio de Janeiro na exposição “Joias Reais”, em ’11, na Bélgica, na “Triennale Européenne du Bijou Contemporain”, em ’16 com "Passagem para um Outro Lado" no Museu do Dinheiro, em ’14 com "Passagem para um Outro Lado" no Museu da marioneta, em ’14 “Pin - 10 anos” na Sociedade Nacional de Belas Artes, em ’13 com “Abecedário“ no 40o aniversário Ar.Co no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em ’12 com “Border City" no Instituto Camões, em ’04 na exposição “Ponto de encontro - 25 anos de intervenção de joalharia do Ar.Co” no CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, ou em ’90 na "Biennale des Jeunes Criateurs de L'Europe Meditérranee", entre inúmeras outras. Em ’94, co-funda a Galeria Zé dos Bois. A partir de ’98, e durante dez anos, colabora com a empresa Archeofactu em colecções de joalharia destinadas a instituições e museus e inspiradas pelo património material ou intelectual destes, enquanto mantém em paralelo a criação e produção individuais e independentes. Em ‘07, cria a Galeria Articula. O seu trabalho está presente em colecções particulares nacionais e internacionais, conta com inúmeras inserções em catálogos e publicações nacionais e internacionais, participações em conferências e debates e em vários painéis como jurada de concursos. Foi professora de joalharia no Ar.Co de ’16 a ’19. O seu site apresenta as obras referidas nesta nota e muitas mais. Em Março de ’18, a RTP apresenta o documentário “Jóias para que Vos Quero”.

Colecções onde está representada: MUDE - Museu do Design e Moda ;Ar.co; Susan Beech ; Alice Uhmma; Tereza Seabra e outras colecções particulares

Um dos temas centrais que me tem inspirado ao longo dos anos, tem sido, a auto-obsessão, como meio de alienação duma sociedade fechada em si mesma. A obsessão pelo controlo, a obsessão pela segurança, obsessão pela imagem. A obsessão como meio repressivo do físico, da mente e do espírito.

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